segunda-feira, 16 de março de 2009

Recuperação dá fôlego à Zoomp e evita despejos


Recuperação dá fôlego à Zoomp e evita despejos
Fonte: Diário Comércio, Indústria & Serviços
Publicado por: Coped
Data do documento: 16/03/2009


Com mais de R$ 12 milhões de dívidas com fornecedores, a grife Zoomp conseguiu na semana passada afastar o fantasma da falência e seus efeitos, tais como ações de despejo que a empresa vinha sofrendo de quem locava o espaço para a grife. Ao menos, temporariamente. Isso porque a marca apresentou um pedido de recuperação judicial na 5ª Vara Cível de Barueri, em São Paulo, aprovai na última sexta (13).

Assim, a empresa está livre da apresentação de certidões negativas para que exerça suas atividades, todas as ações e execuções estão suspensas e até as ações de despejo. "Entre as ações e execuções suspensas incluem-se as ações de despejo, a fim de que a recuperanda seja mantida na posse de todas as lojas e possa continuar a desenvolver sua atividade, para a qual é essencial ser mantida nas lojas locadas; e as obrigações locatícias pendentes serão pagas de acordo com o plano de recuperação, sem prejuízo dos aluguéis mensais", assegura o despacho, que reconheceu os problemas financeiros da empresa. "A requerente [Zoomp] demonstrou sua crise econômico financeira, indicando as causas e a necessidade de concessão de prazo dilatado para o cumprimento de suas obrigações."

A Justiça acolheu no início nosso pedido referente aos aluguéis porque entendeu ser importante se manter na posse das lojas, em risco por conta da falta de pagamento. Os aluguéis passados entram na recuperação. Os daqui em diante precisam ser pagos", explicou um dos autores da ação, o advogado Marcelo Lopes, do escritório Ferro, Castro Neves, Daltro & Gomide Advogados

A Justiça também nomeou um administrador judicial. Além disso, a Zoomp deverá apresentar contas demonstrativas mensais enquanto perdurar a recuperação judicial, sob pena de destituição de seus administradores.

Entenda

No mês passado, a Zoomp conseguiu suspender, no Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) a falência decretada em primeira pela juíza da 5ª Vara Cível de Barueri, Graciella Salzman, que acatou o pedido de um fornecedor por uma dívida de R$ 423,9 mil. Também conseguiu liminar que garantiu a reabertura da fábrica da Zoomp em Barueri.

"Temos 60 dias para apresentar nosso plano de recuperação, que pode ser deferido ou não", explica o advogado-geral da empresa Roberto Rached. O plano será apresentado aos credores, que podem aprová-lo ou não. Mas o advogado Marcelo Lopes aposta numa resposta positiva. "Nenhuma empresa que vai atrás de uma recuperação pede algo que não é viável. Além disso, a Zoomp já vem negociando com bancos e fornecedores", conta Lopes.

(Marina Diana)

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